Correio Brasília

CRISTOVAM BUARQUE E REGUFFE,UNIDOS NA INSIGNIFICÂNCIA

25/05/2016 20:16

Ao deixar o PDT Cristovam disse:

“Creio que o PDT deixou de oferecer a possibilidade de lutar pelas transformações, devido à sua imbricação com o governo atual, sua imbricação com um governo que – pior do que crise – está provocando uma decadência no rumo do Brasil para um progresso democrático, justo, eficiente”,

No discurso, Cristovam lembrou que já foi filiado ao PT, pelo qual foi ministro da Educação. Segundo ele, em 2005 decidiu trocar o partido pelo PDT, porque o PT tinha “perdido o vigor” para promover as transformações do país.  Agora, disse o senador, ele deixa o PDT por não ter conseguido fazer prevalecer a sua ideia de o PDT ser um partido de esquerda, independente, querendo levar adiante as transformações que o Brasil precisa.

Logo após o discurso de Cristovam, foi a vez do senador Antônio Reguffe subir à tribuna para também anunciar sua desfiliação do PDT, pelo mesmo motivo do colega. “Por discordar do reiterado apoio do partido ao governo federal, eu me desfilio na tarde de hoje. Respeito a decisão do PDT de apoiar o governo, é uma decisão democrática que deve ser respeitada, mas não é o que eu acredito hoje como sendo o melhor para o país”, disse.

Reguffe disse que estará sem partido pelo próximo ano e votará os projetos que forem apresentados sem considerar de que partido é o autor da matéria ou se ele é governista ou oposicionista. “O que vou considerar é se o projeto é a favor do Brasil”, disse.

Por que os dois andam tão ligados um ao outro, qual será o mentor?

Portanto, há esta característica bem forte, intrínseca aos dois: a deslealdade partidária, e aos seus eleitores, ambos nunca aprovaram projetos de importância para o país, sempre ficaram pulando de galho em galho… (de muro em muro) Os dois estiveram juntos de todos os candidatos de esquerda, sobretudo em Brasília, com Agnelo, com Rollemberg, agora foram para o Centrão.

Reguffe e Cristovam possuem um grande histórico de alianças com o PT. Apoiaram estes governos e seus projetos. Desta forma, os dois seguem a mesma cartilha, se elegem e depois que estão com seus empregos garantidos, deixam seus partidos e se filiam a outro que esteja em ascensão, ou faz como Reguffe fez agora, fica sem partido.

Reguffe disse que se filiaria à REDE de Marina Silva, mas já declinou, vai ficar sem partido até terminar seu mandato de senador, isto revela uma forte tendência de quem gosta de ficar em cima do muro, depois que o muro começar a cair, pula para salvar seu pescoço.

Contudo, me parece que esta medida aparentemente de “Arte da Guerra,”  de grande estrategista político não funcionou muito bem, com o voto de confiança que ambos deram ao governo Temer do PMDB,  agora temem que suas vidas públicas não tenha escapado no rolo compressor, do muro da história.